O Ministério da Agricultura do Brasil divulgou na quinta-feira 2 de maio uma revisão da metodologia usada para estabelecer os preços mais baixos garantidos do café pelo governo.
A pesquisa, que será realizada em conjunto pela Agência de Abastecimento da Conab, além de especialistas do setor privado e cooperativas de agricultores, foi feita depois que os agricultores brasileiros declararam que os valores atuais da garantia do estado não refletem os custos de produção.
"Os preços mínimos atuais não atendem às necessidades dos agricultores, não refletem nossa realidade", disse o congressista Evair de Melo, um dos líderes dos agricultores brasileiros reunidos no Congresso e ex-chefe do órgão de pesquisa de café da Incaper no Espírito Santo.A cada ano, o governo brasileiro estabelece preços mínimos para vários produtos, levando em consideração os custos de produção e uma taxa mínima de retorno para os agricultores. Se os preços de mercado de um determinado produto ficarem abaixo do nível mínimo de garantia, o governo poderá intervir no mercado comprando produtos nesse nível mínimo para garantir que os agricultores ao menos cubram seus custos e tenham pouco lucro.
Atualmente, o preço mínimo para café de boa qualidade é de 362,53 reais (91,37 dólares) para um saco de arábica com peso de 60 kg e 210,13 reais (52,96 dólares) para um saco de robusta.“Esperamos que a Conab e o secretário nacional de política agrícola possam consultar o setor privado, procurar aconselhamento de especialistas que estejam familiarizados com os custos da produção de café para que tenhamos um preço justo mínimo para os agricultores”, disse de Melo.